VALOR LINGUÍSTICO DE PRESIDENTAE

23-08-2011 17:14

Surge o diferente e, com ele, a polêmica: é certo ou é errado? Pode-se falar assim? No Brasil, já é tradição bastante antiga recorrerem-se às leis em busca de estratégia de silenciamento. Com o uso de presidenta não foi diferente – é presidente ou presidenta? Pode-se falar presidenta? É certo? A gramática foi convocada a depor.

A maioria das pessoas questiona se é correto dizer presidenta, argumentando que palavras como presidente, terminadas em -e, não precisam ser passadas para o feminino; afirmam que é errado. Os especialistas no assunto lançam mão da história da língua portuguesa, evocam o latim, buscam a etimologia da palavra. Ou seja, usam a mesma metodologia que repudiam na defesa das regras gramaticais obsoletas, quando é conveniente. O fato é que somente o erro gramatical pode legitimar a não marcação do feminino no vocábulo president-.

Ora, a legitimidade gramatical é somente um argumento (uma arma) para inibir a expressão do feminino em um vocábulo historica, social, cultural e ideologicamente masculino, e para encobrir as razões ideológicas e preconceituosas da sociedade. O que incomoda as pessoas no emprego de presidenta vai muito além da simples regra gramatical. A língua, escondida por trás de sua carta magna, continua sendo convocada a depor contra o falante. Apesar disso, não devemos ser radicais! Verifiquemos o que diz a carta magna da língua portuguesa sobre a possibilidade de flexão em gênero de president-, usando os mesmos argumentos daqueles que condenam o uso de presidenta, vamos defender o direito de expressão do feminino de presidente.

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