MENSAGEM ORDINÁRIA

28-12-2013 22:39

2013, o ano da serpente já serpenteia ladeira abaixo, rumo ao fim. Foi um ano de muitas lutas e enfrentamentos e de muitas conquistas, alegrias e realizações. Quem está mais perto do dia a dia institucional sabe que temos matado muitos leões por dia na Universidade. E quem está mais perto de mim sabe que venho há alguns anos matando 19 leões por hora, sempre com a ajuda de muitas pessoas, muito queridas, sem as quais, com certeza, eu não conseguiria fazer tudo o que tenho de fazer todos os dias. Em um momento, Ruberpaulo e Cecília conduzem Laura do Ipê Centro para o Ipê Bueno, noutro momento, o Fred corre pra buscar Laura na escola, passando mal, quase morrrrendo, e lá vem a Débora pra ficar com ela em casa pra mim, por mim. Em muitos momentos, Evanaide que corre ali, corre acolá e o Adriano ensinando as tarefas de matemática antes da prova; depois, vem o Neyvaldo pra isso e pra aquilo, a Neide cuidando dela porque não está bem, e vem a Neide depois ensinar matemática e a Verônica ensinando Física e Química. De repente, correm a me acudir a Patrícia, Isabella e Carol, com um chazinho pra baixar a pressão ou um banho de chuviero pra baixar a febre. Depois, é a Tida com a vacina contra a gripe. E muitas e muitas vezes, o sempre disposto Ruberpaulo, ora me escoltando e me protegendo da loucura dos insanos ora me ajudando a gravar um vídeo pra enviar pra Argentina um dia antes da data marcada ora me amparando diante de um diagnóstico difícil. É muita gente, acudindo, socorrendo, ajudando... O que seria de mim sem vocês? Realmente, família não só aquela na qual nascemos. Família é a que nos escolhe e nos acolhe, que nos aceita e nos ama; é a que participa das alegrias e das dificuldades, tornando tudo mais leve e mais fácil. Vocês todos/as são minha família e moram no meu coração.

Na Universidade, proponho uma mesa pra discutir tal tema e lá vêm todo mundo participando, outra mesa  e outra e outra, todos/as participam e fazem bonito! Se é pra ir pra Belém, vamo lá, todo mundo no albergue, Karla organiza a estadia. Se é pra ir a Buenos Aires vamo bora, lá vai o Pedro Augusto, com apresentação e tudo, lindo, maravilhoso pra portenho nenhum botar defeito. Se é pra ir pra aldeia, vamos, pro quilombo, vamos, Nova Veneza, Aragarças, Barra do Garças e assim vão se desenhando os Atlas Linguísticos de Goiás, sob a coordenação de Nhô Milani, e a Situação Sociolinguística do Centro-Oeste do Brasil, sob a minha maravilhosa e encantadora coordenação. Vamos fazer um livro? Vaaaamos! Vamos fazer as aulas de Português Intercultural para os/as indígenas do curso de Educação Intercultural? Todos/as dispostos a participar e a contribuir. E lá vem a seleção da Pós, de novo, ai meu Deus!!! Risos, alegrias, choro e tristeza, porque o choro e a tristeza também fazem parte da caminhada. E que tal uma oficina de leitura de texto teórico, na minha casa?! Rola um lanchinho! Junto com o lanche veio também o resultado da avaliação do Programa pela Capes. Ana, pelo amor de Deus, olha aqui pra mim, porque não consigo nem exergar o que tá aqui. Ainda assim, vamos fazer nossa segunda oficina, que tal? Ótimo! Dá pra fazer o almoço aqui? Perguntou a Ana. Hummm, o almoço foi maravilhoso. Lemos, estudamos, discutimos, rimos, rimos muito, sempre, discordamos, brigamos, aprendemos, rimos mais e muito, desentendemos e nos tornamos ainda mais juntos. Só faltou o candidato a "genro"! Assim, não ganha a parada mesmo! 

Com um time desse, só de craque, é impossível perder uma partida. Por isso, temos conquistado tantas maravilhas. Todas as conquistas somente foram possíveis pelo empenho e dedicação de cada um/uma de vocês. Cada gesto, cada contribuição foi fundamental para encerrarmos o ano celebrando. Agradeço profundamente a cada um/uma de vocês por tudo o que fizeram, com desprendimento e muito divertimento, no plano acadêmico e institucional e no pessoal. Uma característica já marcante do Obiah é que os desafios e agruras da vida não são encarados com sofrimento nem tratados como um sacrifício; são oportunidades que não podemos deixar (e não deixamos) escapar; agarramos todas elas, vencemos os desafios, afinal, desafios ampliam nossa capacidade de construir e de ser; mas, o mais importante: encaramos e vencemos tudo com alegria, sorrindo e divertindo muito. Somos uma teia, tecida com fios coloridos e brilhantes, com nós muito bem amarrados, cada um/uma com sua pessoalidade definida e respeitada, compondo uma só peça, visando aos mesmos objetivos. OBRIGADA DEMAIS DA CONTA!!!!

 

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